Uso de inteligência artificial generativa é alertado pela Fenaj no Jornalismo
Secretário de Relações Institucionais da Federação Nacional dos Jornalistas esteve presente em audiência pública

Em audiência pública realizada recentemente pela Comissão Especial do Projeto de Lei 2338/2023, o qual trata sobre a regulação da inteligência artificial (IA) no Brasil, o secretário de Relações Institucionais da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Antônio Paulo dos Santos, fez um alerta sobre os impactos das chamadas IAs generativas para o Jornalismo e para a democracia.
De acordo com matéria publicada pela instituição, Antônio diz que o termo do recurso é enganoso, uma vez que essas ferramentas não criam conteúdo novo, mas apenas recombinam materiais já produzidos por seres humanos. "O que se chama de 'geração' é, na prática, reaproveitamento e redistribuição de trabalho humano. Isso precisa ser reconhecido para que não se invisibilize o papel dos profissionais que produzem informação e cultura", afirma. Para o secretário, as ações se tornam essenciais para coibir práticas que a Federação tem classificado como plágio e desvio ético.
Ainda na ocasião, foram apresentados dados sobre o mercado de trabalho, e entre 2013 e 2023, o Jornalismo brasileiro perdeu 10.982 postos formais de trabalho, demonstrando uma redução de 18% no número de empregos com carteira assinada, conforme pesquisa realizada pela Fenaj com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). "Se já vivemos um cenário de encolhimento das redações e precarização da profissão, a utilização indiscriminada das IAs só tende a ampliar o desemprego e a substituir a informação apurada por sistemas automáticos que cometem erros graves", alertou.