Seminário em Porto Alegre debate a gestão comunitária de riscos e desastres

Evento ocorre na próxima terça-feira, 14, com a participação de especialistas, representantes de órgãos públicos e lideranças comunitárias

Seminário assinala o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres, celebrado na segunda-feira, 13 - Crédito: Reuters/Amanda Perobelli

Promovido pela Fundação Gerações, com apoio da Defesa Civil do RS, o seminário 'Gestão comunitária de riscos e desastres' ocorrerá na próxima terça-feira, 14, em Porto Alegre. Com a participação de especialistas, representantes de órgãos públicos e lideranças comunitárias, o encontro reunirá ainda representantes do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O evento é gratuito e acontecerá no CIEE-RS (Rua Coronel Vicente, 183, bairro Centro Histórico).

O seminário ainda assinala o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres, celebrado na segunda-feira, 13. Criada em 1989, a data é uma iniciativa da Assembleia Geral das Nações Unidas, com o objetivo de promover a conscientização global sobre o assunto. "Naquela época, era um lembrete para fortalecer a resiliência a desastres, hoje se tornou imperativo", argumenta a diretora-executiva da Fundação Gerações, Karine Ruy.

Ela salienta o enfoque do evento na atuação comunitária da gestão de risco e desastres, "que é quem trabalha na ponta e tem muita credibilidade em seus territórios, ou seja, são atores-chave para evitar desastres". "A ação comunitária em conjunto com os órgãos governamentais aumenta as chances de uma resposta efetiva e da proteção aos territórios", pondera. Interessados podem se inscrever para assistir ao seminário neste formulário.

Programação

O primeiro painel é 'O que é gestão de riscos e desastres' e apresentará o assunto do seminário a partir das manifestações da pesquisadora Rejane Lucena, do Cemaden, e do CEO da Hopeful, Abner de Freitas. A participação da comunidade se dará com as crianças do projeto Asa Branca e Fazendinha, das Aldeias Infantis SOS. Haverá relato sobre educação para desastres e apresentação dos mapas de risco que foram criados depois da inundação de 2024.

'Como funciona a gestão de riscos e desastres no Brasil?' será o foco do segundo painel. Com a apresentação da Tenente-Coronel Ana Maria Hermes, da Divisão de Apoio Técnico da Defesa Civil do RS, será detalhado o trabalho dos governos federal, estadual e municipal. O case da Defesa Civil de Santa Catarina terá condução de Regina Panceri, gerente de Educação e Pesquisa da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de SC. Já Evandro Lucas, coordenador de Gestão de Riscos e Desastres da Defesa Civil de Porto Alegre, falará sobre o papel dos municípios, as iniciativas, o planejamento e as mudanças pós-maio de 2024. 

Os Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil Defesa (Nupdecs) terão protagonismo no terceiro painel: 'Qual o papel das iniciativas comunitárias e dos Nupdecs na gestão de riscos e desastres?'. Loiane Souza - coordenadora-geral de Apoio à Mitigação do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional - explicará o que são os núcleos e como criá-los. Depois, será apresentado o case do Nupdec Hocouno, do Bairro Mathias Velho, de Canoas, pela assistente social da AVSI Brasil, Patrícia Corrêa, e pelo líder do Hocouno, Eduardo Costa. A coordenadora da área de Enfrentamento às Violências da Themis - Gênero, Justiça e Direitos Humanos, Rafaela Caporal, compartilhará a experiência da organização com a criação do 'Protocolo Atuação Comunitária em Emergências Climáticas'.

Comentários