Renan Rodel afirma que uso da Inteligência Artificial na Publicidade tem transformado a forma como marcas se comunicam com o público
De acordo com o profissional, o avanço da tecnologia levanta alertas quanto à veracidade do conteúdo divulgado

O uso da Inteligência Artificial na Publicidade tem transformado a forma como marcas se comunicam com o público, tornando campanhas mais segmentadas, personalizadas e eficientes. É o que afirma Renan Rodel da Silva, chefe de Performance da Protarget, em entrevista ao Coletiva.net. De acordo com o profissional, o avanço da tecnologia levanta alertas quanto à veracidade do conteúdo divulgado.
Renan diz, ainda, que a Inteligência Artificial pode gerar desde roteiros até vozes e rostos hiper-realistas. "Com IA aplicada nas campanhas, é possível identificar elementos que a diferem da realidade, e a forma como essa ferramenta é usada exige responsabilidade das marcas e senso crítico da audiência".
O profissional aponta que o uso da IA generativa em campanhas publicitárias permite simular depoimentos, criar influenciadores virtuais, ou mesmo replicar a imagem de celebridades com alto grau de fidelidade. Ainda segundo ele, embora a tecnologia seja potente para dinamizar a produção de conteúdo, especialistas apontam riscos éticos e legais quando não há transparência.
Renan recorda que já foram vistos casos de falsos testemunhos sendo usados para promover produtos, com vozes clonadas ou imagens manipuladas, e que isso afeta a credibilidade de todo o ecossistema publicitário. "A regulamentação ainda engatinha, por isso, é essencial que o consumidor questione, busque fontes e desconfie de promessas milagrosas", completa.
De acordo com Renan, para a Protarget, a IA deve ser usada como aliada da criatividade e da eficiência, mas sempre com critérios claros de veracidade e responsabilidade. A agência incorpora a tecnologia em diversas etapas da jornada publicitária. "A IA não substitui a verdade. Ela pode amplificar a criatividade, mas precisa estar a serviço de uma Comunicação autêntica e responsável. As marcas que abusarem da manipulação digital vão, mais cedo ou mais tarde, perder a confiança do consumidor", reforça.