Investimento, persistência e confiança são essenciais para o sucesso de uma estratégia de IA, diz Ricardo Vieira
Head de Inovação e Inteligência Artificial na agência Comunicação Estratégica e fundador do Lab Estratégica falou com o Coletiva.net

Mais do que automatizar processos, a Inteligência Artificial redefine papéis, desafia modelos tradicionais e impõe uma mentalidade orientada por dados, velocidade e personalização. Nesse novo cenário, entender como transformar tecnologia em vantagem competitiva é o que diferencia quem apenas acompanha a Inovação de quem realmente a lidera.
Ricardo Vieira, head de Inovação e Inteligência Artificial na agência Comunicação Estratégica e fundador do Lab Estratégica, é um desses líderes que enxergam a IA Generativa como um motor de transformação real. Ele conversou com a reportagem de Coletiva.net durante o fórum IA Unicórnio da Gestão, onde apresentou uma palestra sobre a aplicação dessa tecnologia no Varejo e na Indústria.
Segundo ele, o principal erro que as empresas que tentam adotar a Inteligência Artificial cometem é não tentar o suficiente e desistir, achando que não deu certo. "Nosso exemplo é claro: ficamos 10 meses estudando, comprando licenças que depois dispensamos. Tem a necessidade de investimento. Então, o principal equívoco é não investir o suficiente em softwares e nas pessoas", comentou. Para Ricardo, a combinação entre investimento, persistência e confiança é o que traz resultado.
Dados e conteúdo
Questionado sobre como a Inteligência Artificial tem mudado as estratégias de Comunicação e Marketing dentro das empresas, ele comentou sobre duas frentes: captação e tratamento de dados e produção de conteúdo. "Na primeira, montamos núcleos de agentes que depuram o mercado, fazem análise histórica, de conteúdo, a partir de massa crítica, e definem recomendações para análises preditivas", explicou. Esse processo garante um maior entendimento sobre com quem, como, onde e de que forma a marca vai se comunicar.
Ele contou que a Comunicação Estratégica tem feito um grande uso da IA na parte criativa, o que está gerando uma economia na ordem de 90 a 95% nas produções. "Imagina você ter que equalizar tudo que envolve a produção de uma campanha. Quanto tempo leva? Quantas pessoas estão envolvidas? Com o recurso da IA generativa, geramos personas muito fiéis às recomendações que vieram a partir da análise crítica de dados, e isso tem gerado muitos bons resultados na produtividade", afirmou.
Novas habilidades
Mas isso não depende só de tecnologia. "É necessária formação e mentoria e foi esse o caminho que fizemos. Formamos em gestores de IA diretores de Arte, redatores, revisores, toda a nossa turma de Mídia e de planner", relatou. Muito além de um tipo específico de profissional, ele entende que é fundamental inserir nesses colaboradores as skills necessárias para que eles entreguem resultados mais potentes e eficientes.
Por sua vez, a forma como essas habilidades serão aplicadas na realidade da empresa depende, essencialmente, da cultura organizacional. "Temos diretores de arte de 45, quase 50 anos, e o primeiro pensamento deles é de 'não vou conseguir', 'isso não é pra mim'. E, através de uma conversa - a gente tem um departamento de RH muito potente - explicamos, mostramos e acalmamos, pois a principal questão é o medo de não conseguir", explicou. No entanto, para Ricardo, acima tudo, estar aberto para absorver ajuda ainda mais na adoção de novas tecnologias.
A equipe de Coletiva.net acompanha o fórum IA Unicórnio da Gestão, evento exclusivo de Inteligência Artificial para transformar a forma como líderes públicos e privados decidem, influenciam e lideram. O encontro é idealizado pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE-RS) e pela Storia Eventos. Nessa cobertura, participam a gerente de Conteúdo Patrícia Lapuente, a repórter especial e social media Márcia Dihl e as assistentes de Redação Ana Rosa e Ronise Garcia, que produzem matérias, entrevistas e bastidores diretamente do local. Além delas, integra a equipe de reportagem a repórter especial, responsável pela editoria ColetivaTech, Sarah Acosta, que produz conteúdos especiais e aprofundados. O público pode acompanhar a cobertura completa no portal Coletiva.net, com repercussões nas redes sociais - incluindo Facebook e Threads - e conteúdos exclusivos no Instagram e drops na Coletiva.rádio.
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