Filme 'Filhos do Mangue' estreia no 52º Festival de Cinema de Gramado

Exibição acontece na noite de 14 de agosto, no Palácio dos Festivais

O projeto original é baseado nos argumentos adaptados do livro 'Capitão', de Sérgio Prado - Crédito: Reprodução

O filme 'Filhos do Mangue', de Eliane Caffé, estreará na mostra competitiva brasileira de longas-metragens do '52º Festival de Cinema de Gramado'. A exibição acontecerá na noite de 14 de agosto, com tapete vermelho a partir das 17h, no Palácio dos Festivais, e reprise a partir das 8h do dia seguinte, no mesmo local. O debate com a diretora, elenco e membros da equipe acontece em seguida, na Sociedade Recreio Gramadense, às 10h.

Segundo Eliane, o trabalho rendeu uma experiência "intensa" ao protagonista, Felipe Camargo. O ator usou como inspiração para compor seu personagem, Pedro Chão, a convivência com os habitantes de Barra do Cunhaú, Rio Grande do Norte, onde o filme foi rodado. Ainda que a obra lide com traumas e temas como violência doméstica e exploração do trabalho, a narrativa do longa acha espaço para a ironia e alguma leveza nas andanças do protagonista. "O humor pode ser uma ferramenta valiosa para humanizarmos questões complexas e áridas. A dosagem, vamos tecendo na vivência das cenas", explica Eliane.

Outro ponto da trama é o Mangue, que retrata no filme a nascente da pesca familiar, devorada pela exploração de terceiros e, ao mesmo tempo, serve de expressão da mãe-natureza. "Ela traz o elemento que nos transcende a todo instante. Se escutarmos a natureza, como os personagens fazem em alguns momentos, alargamos a relatividade de tudo o que nos forma como identidades", afirma.

O projeto original é baseado nos argumentos adaptados do livro 'Capitão', de Sérgio Prado. "Depois, quando chegamos na Barra do Cunhaú, tudo foi virado do avesso. A própria localidade e seus personagens começaram a apontar novos caminhos de narrativa", relembra a cineasta. A direção também deu espaços a improvisações em quase todas as cenas, porém mantendo a estrutura do roteiro, dividido entre Eliane e o dramaturgo Luis Alberto de Abreu.

 

 

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