Prejuízo para economia da Capital chega perto de R$ 300 milhões

Números são atualizados pela CDL-POA, que também traz dados para o Estado

Pesquisa mostra dados da economia do RS e de Porto Alegre - Crédito: Arquivo Pessoal

A Assessoria Econômica da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) atualizou a projeção de danos à economia porto-alegrense e gaúcha. De acordo com pesquisa encomendada pela entidade, na Capital, o prejuízo para o varejo é de R$298,1, enquanto no Estado chega a R$510,9 milhões.

Os números foram obtidos a partir dos dados fornecidos pela Cielo, empresa de serviços financeiros, por meio do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério do Trabalho e Emprego. A pesquisa foi realizada entre 30 de abril e 12 de maio e compara os valores atuais com os do mesmo período do ano anterior. 

Segundo o economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, o crescimento dos números foram impulsionados pelas categorias de maior essencialidade, como super e hipermercados (+28,2%), drogarias e farmácias (+14,1%) e postos de combustíveis (+3,8%). "A incerteza sobre o futuro e o armazenamento de itens essenciais, além das doações para os afetados pelas inundações, foram fatores importantes para esse aumento", complementa. Ou seja, o Rio Grande do Sul apresentou uma elevação na economia, após uma queda de 15,7% na semana entre 30 de abril e 05 de maio, que de acordo com o ICVA, o crescimento foi de 2,0% nas transações na semana de 06 a 12 de maio, semelhante à de 2023. Esses números, apresentam, de acordo com os pesquisadores, podem ter surgido por meio do processo de consumo de doações. 

Porém, aponta-se que óticas e joalherias apresentam uma redução de (-66,2%), no setor da estética encontra-se uma queda de (-52,7%), no turismo (-48,9%) e bares e restaurantes (-46,2%). De acordo com a CDL POA, o prejuízo total em 12 de maio, em relação ao Estado, está em R$510,9 milhões.

A pesquisa também se especializou na capital gaúcha, em que demonstra que Porto Alegre registrou uma acentuação do declínio (-31,1%) entre 06 e 12 de maio. O economista afirma que a execução de famílias e destruição da infraestrutura de muitos locais, explica todos em números. 

Após o encolhimento de 17,4% entre 30 de abril e 5 de maio, Porto Alegre, diferentemente da média estadual, registrou uma acentuação do declínio (-31,1%) entre 6 e 12 de maio. O economista esclarece que a alta recorde do nível do Guaíba, responsável por alagamentos, evacuação de famílias e destruição de infraestrutura, explica essa discrepância. O prejuízo, até a data final da pesquisa, apresentou que a cidade totalizou em torno de R$298,1 milhões. 

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