Twitter perde mais da metade de anunciantes nos Estados Unidos

Empresa registrou queda de 59% na venda de anúncios no país norte-americano

A rede social Twitter apontou a diminuição em 59% da receita com publicidade nos Estados Unidos. Adquiridas pelo jornal The New York Times (NYT), as informações vêm de uma auditoria interna da companhia. Os dados, que são comparados aos do ano anterior no mesmo período, se referem à venda de anúncios em cinco semanas, entre abril e junho de 2023.

O rendimento total foi de US$ 88 milhões. No mesmo documento, há uma previsão de que a receita publicitária perderá força semanalmente em, no mínimo, 56%. Além disso, alguns anunciantes que deixaram a rede social apresentam  receio em voltar ao Twitter. O NYT, por exemplo, citou o aumento de discurso de ódio, postagens de cunho pornográfico e conteúdos de jogos de azar como motivo para evitar o retorno à plataforma. 

A insegurança também se justifica por recentes movimentações internas. Há poucos dias, a chefe de Confiança e Segurança do Twitter renunciou ao cargo. Ella Irwin havia assumido o posto no ano passado, em novembro, após a renúncia do então executivo, Yoel Roth. Este teria saído da empresa por ter fortes divergências com o dono da rede social e então CEO, Elon Musk, quanto à moderação de conteúdos.

O bilionário, entretanto, demonstra otimismo. Recentemente, ele afirmou que marcas haviam retornado à rede social, ainda que a lucratividade com publicidade esteja voltando lentamente à plataforma. Linda Yaccarino, a nova CEO da empresa, não quis comentar o caso. Além disso, Musk alegou que marcas na Europa e na América do Norte pressionaram a empresa de forma extrema, o que resultou na diminuição drástica dos anúncios.

Musk comprou o Twitter em outubro do ano passado por US$ 44 bilhões. No final de março deste ano, a empresa estava avaliada em US$ 20 bilhões. Contudo, a reportagem do NYT aponta que a companhia foi avaliada em US$ 15 bilhões pela Fidelity, que detém ações da plataforma.

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