O presidente e cofundador do The Intercept Brasil, Andrew Fishman, recebeu um e-mail contendo ameaças de morte e ofensas. O autor, que não se identificou, tacha o jornalista de "inimigo do sionismo". De origem judaica, o comunicador tem se posicionado criticamente às ações de Israel contra os palestinos em Gaza. Mesmo sendo judeu, Andrew é visto como um alvo pelo remetende.

Enviado por e-mail, o texto termina com a afirmação: "Vamos erradicar a presença dos insetos palestinos, muçulmanos e cristãos de Gaza e de Judeia e Samaria e faremos a Grande Israel. Ninguém vai nos impedir, nem você que lê isso". O The Intercept Brasil também já enviou as informações da ameaça às autoridades competentes. 

Em nota, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vê com preocupação e repudia a ameaça de morte e tentativa de intimidação sofrida por Andrew. A entidade pede a apuração célere por parte das autoridades para que a integridade do jornalista seja assegurada.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) em conjunto ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SjpmRJ) também manifestou solidariedade ao jornalista e à equipe do The Intercept Brasil. A entidade solicita que os órgãos competentes façam uma rigorosa investigação para chegar aos autores das ameaças.

Confira as notas na íntegra:

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)

A Abraji se solidariza com Fishman, sua família e seus colegas de redação e pede apuração célere por parte das autoridades para que a integridade física do jornalista e dos demais ameaçados seja assegurada e para que seja garantida a liberdade de crítica, necessária a qualquer tempo e em qualquer tema para o bom Jornalismo.

Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SjpmRJ) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manifestam sua total solidariedade ao jornalista Andrew Fishman e à equipe do Intercept Brasil e, ao mesmo tempo, exortam as autoridades de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça a promoverem uma investigação rigorosa para chegar aos autores das ameaças.

O Brasil democrático não pode aceitar a ação de grupos golpistas, extremistas.

Apuração rigorosa já e segurança para os jornalistas!