Governo reavalia acordo com plataformas digitais para coibir fake news sobre enchentes no RS

Palácio do Planalto avaliou que gesto teve mais valor simbólico do que prático e, por isso, tomará novas medidas institucionais

Plataformas disponibilizarão mecanismos que facilitem o acesso a informações oficiais e confiáveis sobre as enchentes - Crédito: Banco de Imagens/Canva

Depois de duas semanas onde o governo firmou  um acordo com plataformas de redes sociais para coibir desinformação sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, o Palácio do Planalto avaliou que o gesto teve mais valor simbólico do que prático. Conforme os auxiliares do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a parceria não impediu a proliferação de fake news que atrapalham a ajuda aos gaúchos e serão necessárias novas medidas, que serão anunciadas nos próximos dias.

As pessoas envolvidas nas tratativas com as empresas entenderam que o governo precisava fazer concessões para amarrar um texto final do protocolo, o que acabou deixando-o vago. Durante a negociação, os representantes do governo propuseram um prazo de até 12 horas para que os conteúdos falsos, uma vez identificados, fossem removidos, porém a ideia foi vetada pelas plataformas de redes sociais.

O documento foi assinado em 20 de maio pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e por representantes do Google (YouTube), Kwai, LinkedIn, Meta (Facebook e Instagram), Tik Tok e X. O Ministério da Justiça e a Secretaria de Comunicação Social (Secom) participaram da construção do acordo.

Pelo texto, as plataformas disponibilizarão mecanismos que facilitem o acesso a informações oficiais e confiáveis sobre as enchentes, incluindo a prestação de serviços públicos no Rio Grande do Sul. Ações de fact-checking ou parcerias com a mesma finalidade podem ser implementadas.

 

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