A justiça dos Estados Unidos começou nesta semana a considerar os argumentos do Departamento de Justiça do país e do Google, referentes a alegações de que a organização teria utilizado de acordos ilícitos para dificultar o acesso a serviços de busca concorrentes. O julgamento deve levar, no mínimo, 10 semanas antes de uma decisão oficial.
As autoridades do país apontam que o Google criou um monopólio ao realizar pagamentos a empresas como a Apple para que o seu serviço fosse o padrão dos celulares. Por outro lado, a big tech responsável por 91% do mercado global de buscas na internet, de acordo com dados da SimilarWeb, defende que, apesar desses acordos, os consumidores dispõem da possibilidade de alterar o serviço de busca padrão nas configurações. Além disso, a companhia alega que as táticas utilizadas estão dentro da lei e o sucesso da empresa acontece por conta da qualidade dos produtos e recursos oferecidos.
O presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, e alguns executivos da Apple e de outras empresas são possíveis testemunhas do caso. Porém, mesmo antes de qualquer decisão judicial, a empresa já fez alterações em suas políticas. A partir de novembro, anunciantes eleitorais devem divulgar de forma clara se seus anúncios possuem conteúdo gerado por Inteligência Artificial (IA).
A disputa entre o Departamento de Justiça americano e a empresa ocorre desde 2019, quando a entidade passou a supervisionar investigações antitruste contra a Apple e o Google. Um ano depois, o processo foi iniciado e já produziu milhões de páginas em documentos.