Realizado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), em parceria com a Cortex, o estudo 'Cultura de Dados e Mensuração na Comunicação' descobriu que o uso de dados na área vem se tornando uma exigência para líderes empresariais. Isso porque 91% dos empreendedores no mundo todo esperam que comunicadores sejam fortes analistas de dados. Contudo, no Brasil, apenas 4% das empresas possuem uma cultura avançada nessa área.
O levantamento contou com a participação de 108 organizações de 11 estados brasileiros. A partir do material coletado foi identificado que 32% das áreas de Comunicação das empresas têm uma cultura de dados em nível básico ou inicial, enquanto 64% estão no nível intermediário. Em relação à estratégia de dados, 30% dizem já estar em um nível avançado, 22% em estágio intermediário e 48% em fase inicial ou básica.
A pesquisa mostrou ainda que as ações que as empresas mais mensuram são relacionamento com a imprensa (89%), Comunicação Digital (81%), Comunicação Interna (79%), eventos (73%) e Comunicação Institucional (64%). "Essa área vem acompanhando a transformação digital experimentada pelos negócios e, nas companhias com maior maturidade comunicacional, está se transformando em um hub de inteligência?, avalia Otavio Ventura, líder da Oferta de Comunicação Estratégica e Reputação da Cortex.
O coordenador do Núcleo de Pesquisas da Aberje, Carlos Ramello, destaca que a pesquisa procurou medir o nível de cultura de dados atual dos departamentos de Comunicação das organizações, de estágio inicial, a básico, intermediário até nível avançado. "Conseguimos enxergar um nível razoável de maturidade nas empresas, com 51% das áreas em um nível intermediário e 14% já em estágio avançado com relação à cultura de dados", argumenta.
Metodologia
Em sua primeira edição, a pesquisa 'Cultura de Dados e Mensuração em Comunicação Empresarial' teve questionário aplicado entre 20 de março e 19 de abril de 2023, por meio de autopreenchimento em sistema on-line. Em relação às características das instituições respondentes, 52% eram privadas multinacionais, 39% privadas nacionais, 4% públicas, 4% mistas (público/privada) e 1% entidade. Já em relação ao setor, os que mais tiveram empresas participantes foram o segmento de Energia, com 11%; Alimentos, com 8%; e Financeiro, com 6%.