Comunicação gaúcha perde Aurélio Decker
Conhecido por Lelo, jornalista morreu no início da noite deste sábado

Morreu no início da noite deste sábado, 16, o jornalista Aurélio Decker, aos 75 anos. Lelo, como era conhecido, lutava contra um câncer nos ossos há pouco menos de um ano e desde o final de 2023 estava com a saúde frágil. O comunicador esteve em tratamento paliativo desde 22 de janeiro, quando foi submetido à penúltima sessão de quimioterapia. Ele deixa seis filhos. A cerimônia de despedida está marcada para às 7h deste domingo, 17, na sala B da Funerária Krause (Rua Santos Pedroso, 155 - bairro Hamburgo Velho), em Novo Hamburgo.
Aurélio teve uma carreira de 55 anos, tendo iniciado no Jornalismo em 1969, na Zero Hora. Passou também pelo Correio do Povo e a extinta Folha da Tarde. Porém, a trajetória do jornalista na profissão foi quase toda realizada em Novo Hamburgo.
Na cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, entre 1972 e 2022, atuou no Jornal NH, em que foi repórter, chefe de Reportagem, editor-chefe, diretor de Redação e colunista. Por fim, ainda teve uma passagem pela rádio ABC. No entanto, durante o período, ficou fora do veículo por três anos, de 1998 a 2003, quando empreendeu à frente do extinto Folha de Novo Hamburgo.
Além de jornalista, Lelo também foi escritor. De sua autoria, foram publicados seis livros: 'Crônicas do Lelo 2', 'China: Ameaça ou Oportunidade', 'Lucila, uma adorável tia colona', 'Made in China o Dragão Avança', 'Repórter Sitiado, o Dragão Avança' e 'Impactos do Câncer', narrativa sobre a luta que teve contra um tumor na próstata. As obras, que têm como tema a nação chinesa, foram escritas após viagens ao país realizadas à trabalho pelo Jornal NH.
De costume, ele gravava vídeos em que abordava assuntos diversos. Em 2 de março divulgou uma gravação em que dizia estar "feliz e de bem com a vida". "Sei que daqui a pouco tenho que 'bater as botas', mas não estou angustiado e nem preocupado. De modo geral, não tenho queixa do que vivi", disse.
Dudu News, comunicador da rádio ABC, que considera Lelo um mentor, manifestou-se em solidariedade à partida do amigo. "Obrigado por tudo! Foste o maior jornalista da minha vida e das nossas vidas. Um dos meus melhores amigos", escreveu em publicação no Facebook. Os dois dividiram o microfone quando Dudu tinha 17 anos e Aurélio, 73, na Vale TV, veículo digital de Novo Hamburgo. "Daria tão certo? Não só deu, como fizemos história", completou.
Também no Facebook, o diretor da Rede União FM, Rodrigo Giacomet, lamentou a morte de Lelo. "Perdemos um profissional gigante. Um dos maiores nomes da história do Jornalismo de Novo Hamburgo, do nosso Estado e País. O seu sorriso fácil, sua caneta ácida e seu texto claro: tudo fará falta", completou.
Entidades lamentam
Assinado pelo presidente José Nunes, a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) emitiu um comunicado lamentando a morte de Aurélio. "Extremamente consternado com o falecimento do amigo, sem dúvida nenhuma um dos maiores jornalistas do Vale dos Sinos. Perdemos não apenas um amigo, mas um grande profissional do Jornalismo gaúcho", escreveu Nunes na nota.
Outra entidade a emitir comunicado pela morte de Lelo foi o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors). "O Sindjors presta sua homenagem ao jornalista Aurélio Decker pela sua imensa contribuição ao jornalismo gaúcho, mais especificamente para a região do Vale do Sinos, e presta sua solidadriedade para a família e colegas nesse momento tão delicado. É sempre triste saber que mais uma pessoa perdeu a batalha para essa doença tão agressiva. Que fiquem as boas lembranças e a herança para as novas gerações de seu trabalho", afirmou a presidente Laura Santos Rocha na manifestação.
Confira as manifestações
Associação Riograndense de Imprensa (ARI)
ARI lamenta a morte do jornalista Aurélio Decker, o Lelo
É com pesar que a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) informa a morte, no início da noite deste sábado, 16/03, do jornalista Aurélio Decker, aos 75 anos. Lelo, como era conhecido, lutava contra um câncer. Ele estava internado no Hospital Unimed, em Novo Hamburgo
O presidente da ARI, José Nunes, se diz "Extremamente consternado com o passamento do amigo Aurélio Decker, sem dúvida nenhuma um dos maiores jornalistas do Vale dos Sinos. Perdemos não apenas um amigo, mas um grande profissional do Jornalismo gaúcho".
Lelo começou no jornalismo no jornal Zero Hora, em 1969, onde escreveu sua primeira crônica. Depois passou pela Caldas Júnior, como repórter do Correio do Povo e da Folha da Tarde. No Grupo Sinos foi repórter, editor e diretor do Jornal NH, além de cronista. Também foi um dos fundadores da extinta Folha de Novo Hamburgo.
Apaixonado pela profissão, o jornalista deixou um legado. Colecionou fãs, especialmente pelas crônicas de Tia Lucila, quando reproduzia diálogos fictícios com sua tia, de sorte sotaque alemão.
Na mesma proporção colecionou de desafetos, por reportagens investigativas muitas vezes ácidas.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors)
Morreu no início da noite deste sábado, 16/03, em Novo Hamburgo, o jornalista Aurélio Decker, o Lelo, aos 75 anos. Ele estava internado no Hospital Unimed, e lutava contra um câncer. Lelo era sindicalizado desde o dia 10 de maio de 1985.
"O SindJoRS presta sua homenagem ao jornalista Aurélio Decker pela sua imensa contribuição ao jornalismo gaúcho, mais especificamente para a região do Vale do Sinos, e presta sua solidadriedade para a família e colegas nesse momento tão delicado. É sempre triste saber que mais uma pessoa perdeu a batalha para essa doença tão agressiva. Que fiquem as boas lembranças e a herança para as novas gerações de seu trabalho", afirmou a presidenta Laura Santos Rocha.
Lelo começou no jornalismo no jornal Zero Hora, em 1969. Depois passou pela Caldas Júnior, como repórter do Correio do Povo e da Folha da Tarde. No Grupo Sinos foi repórter, editor e diretor do Jornal NH, além de cronista. Também foi um dos fundadores da extinta Folha de Novo Hamburgo.
Apaixonado pela profissão, deixou um legado. Colecionou fãs, especialmente pelas crônicas de Tia Lucila, quando reproduzia diálogos fictícios com sua tia, de forte sotaque alemão. Na mesma proporção, colecionou desafetos por reportagens investigativas muitas vezes ácidas.
Escreveu seis livros: Crônicas do Lelo 2; China: Ameaça ou Oportunidade?; Lucila, uma adorável tia colona; Made in China o Dragão Avança; Repórter Sitiado; e Impactos do Câncer.