A Comissão Europeia iniciou, na última quarta-feira, 14, uma investigação contra o Google por supostos abusos cometidos pelas tecnologias de Publicidade On-line da plataforma. O grupo, chefiado pela alemã Ursula von der Leyen, adverte que pode aplicar uma multa de até um décimo do valor arrecadado pela big tech em negócios em 12 meses. O buscador já se encontra na mira do órgão europeu desde o ano passado.

De acordo com pesquisas recentes, a plataforma tem mais de um quarto de participação na receita global de anúncios on-line. Informações publicadas pelo Wall Street Journal mostram que os reguladores da União Europeia podem exigir que a Alphabet, empresa-mãe do Google, se desfaça de parte do negócio de Publicidade e anúncios da companhia.

A Comissão disse repudiar o favorecimento que o Google dá a seus próprios serviços de anúncios digitais "em detrimento dos fornecedores concorrentes de serviços de tecnologia de Publicidade, dos anunciantes e dos editores". A entidade de Bruxelas ainda afirmou que a empresa terá "amplo direito de defesa" no decorrer da investigação.

O que diz o Google

No mesmo dia, o vice-presidente do departamento de Anúncios Globais, Dan Taylor, manifestou-se, por meio de nota oficial, a respeito das declarações da Comissão Europeia. O comunicado foi publicado em inglês em um blog do Google.

Taylor afirmou que as declarações da Comissão Europeia não são inéditas e se referem apenas a uma pequena parte da comercialização de anúncios, e que o órgão "falha em reconhecer o quanto a tecnologia avançada de Publicidade ajuda comerciantes a alcançarem clientes e aumentarem seus negócios - enquanto cortam custos e aumentam opções para os consumidores." Ainda, o gestor aponta que o Google espera o momento de mostrar como a empresa contribuiu no financiamento de maior acesso a conteúdos e informações on-line para todos.

Por fim, Taylor afirma que "o mercado de Publicidade Digital aprecia preços competitivos, inovação dinâmica e competição robusta - ajudando anunciantes, editores e consumidores". Ele conclui dizendo que a companhia quer mostrar o quão úteis foram as ferramentas na missão de tornar a internet aberta e acessível e como feri-las diminuiria a disponibilidade de conteúdos gratuitos sustentados por anúncios que não ajudam a todos.

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