Cinco perguntas para Rodrigo Portela

Diretor e roteirista avalia positivamente o período em que está na Cubo Filmes

Rodrigo Portela é diretor de cena na Cubo Filmes - Arquivo pessoal

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Meu nome é Rodrigo Portela, sou diretor e roteirista em Porto Alegre. Moro na Capital já tem 30 anos, venho da cidade de Lajeado onde desenvolvi uma vontade gigante de trabalhar com Audiovisual. Atualmente, eu me coloco sempre como alguém que pensa no todo da produção. Independentemente do tamanho, cada projeto tem os seus desafios e eu fico muito estimulado em poder colocar o meu olhar em cada um deles. 

2 - Por que você escolheu a área do Audiovisual?

A televisão e o cinema sempre foram muito presentes na minha vida. Cresci vendo programas de TV que me transportavam para outros mundos e assistindo a filmes que me faziam sonhar alto. Acredito que desde criança, acho que já com oito anos de idade, sabia que queria trabalhar com Cinema e com Audiovisual, só não sabia dizer que eu queria ser "diretor". Mas já sabia que era por trás das câmeras. Ao contrário de muitos colegas que se "descobriram" diretores, eu tenho isso comigo desde que me conheço por gente, é quase que como um chamado, algo mais forte que eu. Às vezes, seria mais fácil ter escolhido outras profissões mais estáveis, como Arquitetura, por exemplo. Mas esse "chamado" e o amor que sinto em fazer cenas bem feitas, colocar pessoas na tela como atuações realistas, tudo com um apuro visual que desenvolvi ao longo de décadas, acredito que tudo isso imprime de alguma forma no produto final dos projetos que tenho a chance de dirigir. Comento sobre "ter a chance", porque é isso mesmo. Agências te elevam ou te colocam de lado sem nenhum problema, e quando aparecem as oportunidades, eu dou tudo de mim para que isso seja visto como um trabalho de excelência. Até porque não se sabe quando aparecerá a próxima oportunidade.

3 - Você está na Cubo Filmes há alguns meses e faz parte do núcleo Cubo Colab. Até aqui, quais foram os principais resultados desse trabalho?

A Cubo é uma produtora reconhecida no mercado, um verdadeiro canhão de possibilidades. Eu já havia feito alguns projetos com eles até que no meio do ano passado o Cláudio Fagundes me ligou para ver sobre a minha disponibilidade. Eu estava já há alguns anos tocando projetos de forma independente e já com o modelo home office, mas ter o suporte de uma produtora grande muda tudo. A gente pode contar com profissionais que vão te auxiliar. Eu amo trabalhar em equipe, está sendo muito bom poder saber que tem uma pessoa como a Nani Barreto no Atendimento, alguém do calibre do Mauris Hansen na Montagem dos comerciais. Enfim, acho sensacional ter essa troca de conhecimento e profissionalismo. A Cubo ataca em diversos campos, desde longas até filmes autorais e de conteúdo em forma de reels. Tem programas, documentários e, é claro, os comerciais. Sou suspeito em dizer que posso atuar em todas essas frentes, mas claro que os comerciais e os filmes de conteúdo são os projetos que mais gosto de fazer. Quanto ao Colab propriamente dito, fizemos alguns planejamentos juntos e como tivemos campanha eleitoral e a Copa do Mundo na sequência, acredito que muito do que se pensou para o Colab ainda pode florescer. 

4 - Como você avalia esse período inicial na Cubo?

Para mim, foi e está sendo muito positivo. Aprendi e reaprendi muita coisa nesse pouco tempo. Espero que o mercado veja a Cubo como uma grande possibilidade de ter os seus projetos bem cuidados. No momento, estou atendendo o mercado com ela e também estou freelancer para as produtoras que acharem que posso somar ao seu time. Espero que os orçamentos que cheguem já venham com a ideia de que eu tenho essa capacidade de realização. As oportunidades que tive, mesmo que de um tamanho enxuto, ficaram com uma ótima impressão nas agências. Os meus dois últimos comerciais não tiveram nenhuma alteração, nenhum frame alterado. Para mim, nesse mercado com esse nível de exigência, é quase que levar um prêmio pra casa. Faz muito bem. Se dependesse de mim, estaria rodando projetos todas as semanas, pois amo muito tudo isso.  

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Espero estar cada vez mais na mente dos criativos e que eles saibam que os filmes deles serão muito bem cuidados. Outra coisa é que acabei escrevendo alguns roteiros de filmes na pandemia, um deles de longa metragem, e espero já estar com ele pronto daqui a cinco anos. Acho que o tempo só melhora a nossa percepção dos trabalhos e a nossa própria confiança no que se pode fazer. Aprendi por muitos anos e tenho toda essa vantagem para oferecer aos clientes e produtoras. Sou muito otimista com as possibilidades futuras.

 

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