Cinco perguntas para Francisco Zanetti
Comunicador soma 19 anos de mercado
1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Sou o Francisco Zanetti, mas pode me chamar de Xico. Eterno aprendiz e nexialista, acredito em negócios multidisciplinares e em ambientes humanos que provem a segurança necessária para atuar em alta performance.
Possuo 19 anos de mercado, tendo atuado em alguns dos maiores grupos de Comunicação e Tecnologia do mercado global. Tenho 39 anos, sou casado com a Tati, pai da Bebel e da Maggie. Nasci em Rio Grande, o caçula entre quatro irmãos, filho do Luiz Carlos e da Maria Helena.
Minha formação profissional começou no CTI/FURG concluindo o Ensino Médio e Técnico em Informática/Desenvolvimento de Sistemas, seguido pela graduação em Design Gráfico na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Fiz pós em Gestão de Projetos no Centro Universitário Senac (UniSenac) e Pós-MBA em Gestão Estratégica de Serviços na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
Hoje, há quatro meses, sou Head de Tecnologia e Operações da HOC - House of Creativity, onde ajudo a transformar a criatividade em soluções reais para os negócios dos nossos clientes, com um olhar humano, consistente e escalável. Além disso, sou colunista e professor do MestreGP.
2 - Porque optou pelo Design Gráfico?
Enquanto a Tecnologia foi meu primeiro idioma profissional, o Design me deu a lente da forma, da jornada, da experiência, do impacto. Na época, uma decisão difícil entre cursar Design ou Administração de Empresas, pós-vestibular. Iniciei ambos os cursos, mas rapidamente optei pelo primeiro, por me identificar com um ambiente criativo e dinâmico, herança da minha mãe, desde pequeno.
Durante o curso, identifiquei que minha área não era bem o Gráfico, mas o Digital, não apenas na criação de peças, mas no pensamento de qual era o papel do Design no processo de uma agência, provocação originada no meu primeiro estágio. No fim, a graduação exercitou minha sensibilidade e escuta, até mesmo por ser um curso vinculado a um Instituto de Artes Visuais. Foi a ponte entre minha bagagem técnica e o universo do Marketing e da Comunicação, depois explorada na pós-graduação e nos conhecimentos de Gestão de Projetos adquiridos.
3 - Em março, você assumiu o cargo de head de Tecnologia e Operações da HOC. Como está sendo a experiência?
Desafiadora e energizante! A HOC vem em um momento de redescoberta da minha carreira, agora não apenas servindo a Operações, mas somando jornadas e experiências adquiridas em Gestão, Negócios, e, claro, Tecnologia. Nesse começo, meu papel tem sido trazer fluidez operacional e visão tecnológica para sustentar o ritmo criativo com consistência e escala. É sobre unir dois mundos que muitas vezes são tratados como opostos, mas que, quando trabalham juntos, tornam a conta de 1+1=3.
Além disso, posso dizer que estou em um lugar em que a valorização das pessoas e das relações não está só no discurso. Tá na parte prática, começando pelos sócios, passando por todos os níveis e camadas. Não é sobre esperar ter resultado para valorizar e bem tratar as pessoas, mas sim, inverter a lógica, entendendo que o resultado é consequência de um time forte e uma cultura humana. E essa visão está muito alinhada ao que acredito. A Casa HOC, recém-inaugurada, é a prova viva disso.
4 - Na sua opinião, quais são os principais desafios da profissão?
Resposta curta: enterrar o ego! Resposta longa: em quase 20 anos de mercado, posso dizer que todo ano temos desafios diferentes, e a cada ano, eles se tornam mais complexos. Passamos por momentos em que o desafio era focado em somar conhecimentos; em outros, era não ser binário a apenas um tipo de saber.
Hoje, não é mais sobre isso. É sobre os impactos que a tecnologia está impondo ao mercado, remodelando toda a forma de pensar e agir, da maneira de trabalhar a estruturação de responsabilidades com os times, chegando, finalmente, ao "por que" a minha empresa existe e no que ela realmente se diferencia, numa era em que a máquina faz muito do que fazemos (e muitas vezes melhor!).
A grande questão, parafraseando a Lara Piccoli, com quem tenho o privilégio de dividir essa jornada na HOC, é: "a criatividade é uma tecnologia humana", e é ela quem vai potencializar tudo o que o mercado começa a sentir falta, num cenário onde a consequência está virando a "doença da eficiência", e não mais a máquina como propulsora do que temos de melhor: a sensibilidade, a escuta ativa e a capacidade de ver no coletivo a principal ferramenta para resolver problemas.
5 - Quais são os seus planos para os próximos cinco anos?
Saindo do convencional, posso dizer que meu primeiro plano é vivenciar o crescimento da minha filha, viajar com a família e voltar a jogar padel com frequência. E ao mirar nisso, sei que serei um profissional mais empolgado, mais preparado para cocriar, inovar e gerir, ajudando a formar mais perfis nexialistas, que se adaptam ao que o mercado está exigindo.
Ao mesmo tempo, quero seguir contribuindo com a expansão da HOC, consolidando a empresa como referência nacional e global em criatividade como princípio na geração de valor e impacto. E, quem sabe, se der tempo, ampliar minha atuação também na área da educação.
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