Cinco perguntas para Caíque Agustini
Com raízes intrínsecas no associativismo, comunicador compartilha sua trajetória no rádio, os desafios da liderança e os planos de expansão da Massa FM no Sul do Brasil

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Gosto de pensar que sou um brasileiro do sul, muito abençoado. Sou marido, pai, radiodifusor, empresário, e em suma, um trabalhador apaixonado por este país lindo, rico, fiel a Deus e que tem tudo ainda por fazer num eterno ciclo de oportunidade. Sou um eterno curioso e gosto de aprender. Leio muito, ouço rádio, vejo tv, podcast, streaming. Viajo demais.
Nasci em União da Vitória no Paraná, que se divide de Porto União em Santa Catarina apenas pela linha do trem, que está funcionando para o turismo, onde eu moro. Filho de mãe gaúcha natural de Nova Prata no Rio Grande do Sul amado. Já pensou em ter uma sorte dessas, ter o melhor dos três estados do Sul no dia a dia?
2 - Quando descobriu que gostaria de cursar Publicidade e Propaganda?
Comecei como office-boy e, quando resolvi ser engraçadinho na escola, fui convidado a lavar peças no óleo diesel no inverno, na mecânica da minha família. Aí, aprendi rápido que eu deveria me comportar e subi de posto para limpador de calhas entupidas em dia de chuva, quando o grupo empresarial que meu pai fazia parte adquiriu as duas primeiras emissoras de rádio lá em União da Vitória. Passei pelo estúdio de gravação, produção, redação e dali fui pro administrativo. Na mesma época me formei técnico em processamento de dados, depois fiz administração, marketing e contabilidade.
Aprendi que o mundo é mais fácil estando unido do que sozinho, por isso participei e participo de sindicatos das nossas categorias profissionais, assim como de associações. Tive a honra de presidir a Associação Comercial e Empresarial de União da Vitória (Aceuv), a Secretaria do Trabalho, Qualificação e Renda do Paraná (Sert-PR) e a Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp). Continuo participando das associações que sou convidado, como a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), onde aprendo e contribuo sempre que posso. Convido a todos a se juntarem às suas!
3 - Recentemente, a Massa FM, emissora na qual você atua como diretor-geral, anunciou sua chegada à capital gaúcha e revelou planos de expansão. Como tem andado o trabalho por aqui até agora?
Nesta posição eu represento nosso grupo de sócios. Todos absolutamente apaixonados pelo mundo do rádio e da Comunicação. Uma indústria encantadora que abre todas as portas de tudo, capaz de construir pontes entre os mais diferentes setores, pessoas, e culturas. Que tem um poder gigante e uma responsabilidade ainda maior. Que entra nas casas e na vida das pessoas nos melhores e também nos piores momentos, mas que serve sempre como um bastião, devido ao respeito e à credibilidade que esse meio centenário consolidou, principalmente pelo trabalho incansável das pessoas atrás e na frente das câmeras e dos microfones.
Estamos muito animados com nossa operação Massa FM, integrando a capital Porto Alegre e sua pujante região metropolitana à belíssima serra gaúcha em Bento Gonçalves e região. É uma alegria muito grande integrar o grupo de rádios que mais cresce no país e que caminha para ser o maior do Brasil.
4 - Em sua visão, quais são os principais desafios no desempenho da sua função de direção?
Sem dúvida nenhuma, é o humano. A beleza e o resultado das empresas é absoluta e, acima de tudo, resultado do desempenho do ser humano. E as pessoas são frágeis. Nós gostamos de acreditar na historinha que somos todos "super-homens", mas a verdade é que somos simplesmente frágeis. Nosso corpo é frágil e cansa, nossa mente divaga e fica exausta com o excesso de estímulos que não cessa nunca. Conseguir acalmar, encantar, convencer, respeitar, motivar as pessoas que trabalham conosco, todos os dias, durante muitos meses ou anos, é algo muito complexo e desgastante.
Acredito que qualquer pessoa que deseja liderar alguma coisa, participando de alguma função de decisão, precisa compreender e aceitar o fato de que o trabalho não para nunca e ele é muito difícil e complexo. Porém, quando as coisas se encaixam, não tem coisa mais satisfatória do que ver uma boa equipe trabalhando junta, com propósitos alinhados, buscando em conjunto a felicidade coletiva. Aí o trabalho é uma eterna celebração. Viva o rádio!
5 - Quais são os seus planos para os próximos cinco anos?
Queremos expandir nossa atuação em rádio e em Comunicação. Seguimos de olho em oportunidades de emissoras para integrar nossa rede e estamos trabalhando bastante junto aos nossos pares, colegas de outras emissoras, outras entidades, outros estados a acreditarem e investirem no Brasil, no Sul. Somos entusiastas do nosso país, do trabalho, da composição.
E gostamos de pensar que fazemos sempre nosso melhor possível para contribuir e colaborar com as pessoas que estão próximas de nós, para que avancem conosco aonde quer que estejamos. Temos que perseguir nossos sonhos e jamais deixar de sonhar. Sempre com força, coragem e fé!