A jornalista gaúcha Nathália Fruet, do SBT, retornou ao Rio Grande do Sul, na terça-feira, 7, para cobrir as enchentes que atingem o Estado. A comunicadora está em Porto Alegre para fazer entradas ao vivo e reportagens para o 'SBT Brasil', além de enviar informações para Brasília, onde é sua redação-base.

Em conversa com a equipe de reportagem de Coletiva.net, Nathália contou que a viagem para o Rio Grande do Sul foi longa. A equipe da comunicadora precisou pousar em Florianópolis e alugar um carro para fazer o trajeto até Porto Alegre com desvios em um deslocamento que durou 10 horas.

Segundo Nathália, foi "muito triste" voltar para o Rio Grande do Sul e ver os lugares que eram cartões-postais das cidades desaparecendo no meio da água. "Fazer essa cobertura é desafiador por causa do caos que parece não ter fim e muitas vezes você ter que escolher o que abordar porque não há tempo de mostrar tudo o que está acontecendo", afirmou.

Para a comunicadora, o que as pessoas estão lendo, ouvindo e vendo na TV não representa 20% do que, de fato, as vítimas estão passando. Nathália disse que a cobertura jornalística tem sido fundamental também para combater informações mentirosas, porque, segundo a profissional, ainda existem pessoas que usam a tragédia para querer faturar nas redes sociais com compartilhamento de fake news e atrapalham o trabalho de milhares de voluntários anônimos. 

Nathália recordou que morou durante 10 anos em Porto Alegre e, para ela, encontrar lugares, por onde as memórias afetivas eram as "melhores", e agora estão debaixo d'água é "desolador". "Ver as pessoas tendo que deixar as suas casas sem perspectiva de voltar é dolorido demais, porque todos nós temos alguém que foi afetado de alguma maneira pelas enchentes. Foi horrível voltar ao Estado e encontrar essa situação."

Em decorrência da tragédia que atinge o Estado, considerada a maior da história do Rio Grande do Sul, Coletiva.net optou por mudar, provisoriamente, seu olhar editorial. Por tempo indeterminado, o noticiário do portal se focará em dar luz aos acontecimentos relacionados às chuvas e enchentes no mundo da Comunicação. Além disso, destacará a editoria Panorama como uma fonte de serviços. Vale ressaltar que nossos canais estão abertos a todas empresas de nosso ecossistema e comunicadores que queiram noticiar suas iniciativas em prol da população afetada. Informações excepcionais, não relacionadas ao episódio climático, também serão contempladas.