Renato tinha razão? O ano anda e seremos apenas coadjuvantes

Já falamos aqui que o ano da dupla Gre-Nal está definitivamente comprometido pelos prejuízos da enchente em maio. Na época da retomada, o técnico Renato Portaluppi falou sobre o assunto em entrevista ao SporTV e sugeriu que a CBF decretasse que os gaúchos não poderiam ser rebaixados no Brasileirão, não só da Série A, de todas as divisões. O que pareceu choro está virando uma triste realidade.

Restava a esperança do Grêmio na Libertadores. Não há mais. A eliminação para o Fluminense foi mais um duro golpe na temporada do nosso futebol. Com requintes de crueldade, considerando que a volta no Maracanã foi um passeio do início ao fim para os cariocas. O "profeta" Renato viu sua tática desmoronar ainda no primeiro tempo. Na etapa final houve mudanças que quase mudaram o rumo das coisas. Nos pênaltis, ficou no quase.

Daqui até dezembro, a missão tricolor é ser coadjuvante. Infelizmente para todo mundo por aqui, teremos clubes de São Paulo, Rio, Minas e talvez até nem tão tradicionais como Ceará e Bahia brilhando muito mais do que os do nosso Estado.

Realmente demora muito para se recuperar de semanas sem trabalhar, viagens longas para treinar e jogar como mandante, finanças já com déficits entrando em colapso e, mesmo com tudo isso, a rotina de pressão e cobrança permanente por resultados provocando mudanças nas fotografias dos times. Efeitos mais do que esperados que cobram a conta.

O Inter se encaminha para também somente lutar contra o rebaixamento. A apatia dos jogadores, consequência da falta de gestão no futebol do clube como um todo, deixa a torcida mais do que nunca sem esperanças. Não são os placares que assustam, são as atuações inexpressivas. É a falta de poder de reação num momento muito complicado o que cria nos colorados um medo terrível de que 2016 se repita.

Temos então alguma boa perspectiva para o nosso futebol? Tem, claro. O Grêmio acertou em contratações que, se não derem os resultados esperados neste ano, trazem esperanças para 2025. No Inter a entrada de Roger finalmente trouxe de volta a aposta nos jovens das categorias de base, o que resultou em conquistas na história do clube mas parece ter sido esquecido nos últimos anos. Quem sabe daí venha um futuro melhor.

Ah, para não deixar de falar da semana e sobre quem termina a rodada na parte de cima da gangorra: aposto que ambos vencem no domingo. Há condições para isso, pelo menos. Derrotar o Cruzeiro no Beira-Rio e o Criciúma ali em Santa Catarina não podem ser tarefas de grandes dificuldades. Apesar de tudo, eu confio.

Comentários