Finalmente a bola está voltando a rolar. Para o bem e para o mal (neste caso porque retornam também as frustrações com os resultados e desempenhos ruins) a semana traz a dupla Gre-Nal novamente aos gramados. Período para uma fundamental reação: a do Inter de Roger Machado. Os jogos de julho e início de agosto serão provas de fogo para o trabalho do treinador.
A retomada envolve jogos no Brasileirão e, logo ali, desafios gigantes estão no calendário. A tabela favorece para que os colorados deixem rapidamente a incômoda zona de rebaixamento. O time vai encarar o Vitória em casa, terá pela frente uma sequência com Bahia, Ceará, Santos e Vasco. Dá para embalar, claro. O problema é que a desconfiança tomou conta dos torcedores diante de recentes fracassos em 2025.
Nada que seja novidade para o Inter de alguns anos para cá. Encerrou a temporada de 2020 já em 2021 em função da pandemia deixando escapar por um gol o esperado título do Brasileirão, no ano seguinte esperava-se manter o bom momento. O que ocorreu? Nada. Em 2022 fechou o campeonato com o futebol mais enérgico do país, foi para o buraco de novo em 2023, apesar de quase conquistar a Libertadores. Em 2024, repetiu a sina de fracassar em momentos chave, o que infelizmente acontece neste ano.
A figura do técnico Roger Machado era (talvez ainda seja) a grande esperança para mudar essa rotina. Trata-se de um profissional reconhecidamente estratégico, atualizado com os melhores métodos táticos do mundo. No dia a dia da imprensa e dos grupos de Whatsapp, se fala que o treinador colorado também tem uma característica nada boa: perde fôlego no andamento de seus trabalhos.
A fama tem sua razão de ser. Roger passou por grandes clubes brasileiros, com ótimos inícios em praticamente todos, sem conseguir ?manter o gás? por muito tempo. No Inter a largada foi excelente no Brasileirão do ano passado, com uma campanha de recuperação que chegou a fazer os colorados a sonharem com a taça. Foi exemplar.
Desde janeiro, com reforços e um elenco bom para os padrões de nosso país, a expectativa nacional é grande em relação ao Inter. Pouco se concretizou. Agora, terá pela frente partidas acessíveis até enfrentar Fluminense e Flamengo por Copa do Brasil e Libertadores. Precisa mostrar que tem fôlego suficiente para avançar. Ou vai cair. De novo.