Disputa entre gigantes tem reverência no final

Por Renato Dornelles

06/08/2024 17:29
Disputa entre gigantes tem reverência no final

Olimpíadas costumam eternizar cenas marcantes. Por exemplo, a suíça Gabriela Andersen-Schiess que, em Los Angeles, em 1984, emocionou o mundo com sua chegada na Maratona. Ela entrou no estádio olímpico para passar pela linha de chegada após mais de 2 horas e 40 minutos de prova. Estava muito desgastada e mal conseguia se manter em pé. Os médicos se aproximaram para ajudá-la, mas a atleta recusou. Só aceitou ajuda após passar pela linha de chegada.

Quarenta anos depois, uma imagem viraliza na internet e, simbolicamente, comprova que, para ganhar e demonstrar grandeza, nem sempre é necessário derrotar os adversários ou adversárias. 

A imagem das norte-americanas Simone Biles e Jordan Chiles reverenciando a brasileira Rebeca Andrade no pódio da ginástica solo é daquelas icônicas e inesquecíveis. Biles foi além: depois do pódio, em que recebeu a medalha de prata (Rebeca foi ouro e Chiles, bronze), a norte-americana explicou o gesto, definindo a brasileira como ?uma rainha?.

Biles, com o gesto, demonstrou uma grande humildade e um espírito olímpico gigantesco. Biles, de 1,42m de altura, é uma gigante na ginástica. Quase imbatível na atualidade. Mas demonstra um grande respeito e admiração por aquela que parece ser a única em condições de enfrentá-la.