Dias intensos em Gramado

Por Renato Dornelles

As dificuldades provocadas da enchente que atingiu o Rio Grande do Sul recentemente foram amplamente superadas pelos realizadores do Festival de Cinema de Gramado, que na última semana chegou à 52ª edição.

Não foram poucas as dificuldades. A começar pelo fato de o maior e principal aeroporto do Estado, o Salgado Filho, em Porto Alegre, não estar funcionando para pousos e decolagens. Mas isso não impediu que equipes, ou parte delas, de filmes de mostras competitivas ou não competitivas, vindos de diferentes regiões do país, desembarcassem em Gramado.

Neste ano, tive função tripla no festival: com o curta-metragem "Envergo, Mas Não Quebro", mais uma vez o lado de minha sócia e parceira de trabalho Tatiana Sager) participamos da Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Gaúchos.

Antes mesmo de o festival começar, havia integrado, com as colegas jornalistas Alice Urbim e Ivonete Pinto, a comissão que escolheu os homenageados com o Premio Iecine: na categoria Destaque, Alexandre Mattos Meireles; na categoria Inovação, Aletéia Selonk, e na categoria Legado, José Maia. Além deles, em memória do ator gaúcho e apresentador do Festival de Gramado Leonardo Machado, o ator e diretor porto-alegrense Nelson Diniz recebeu premio correspondente.

Por fim, juntamente com a professora, pesquisadora e doutora em cinema Maria Henriqueta Creidy Satt, tive a missão de escolher o melhor longa-metragem documental, entre os cinco pré-selecionado pelos curadores Marcos Santuário e Caio Blat. O vencedor foi "Clarice Niskier: Teatro dos pés à Cabeça", de Renata Paschoal.

Foram dias intensos. Agradeço ao festival e ao Iecine pela confiança depositada.

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